João e Maria

       Era uma vez um menino chamado João e sua irmã

Maria, que moravam em uma casa perto da floresta.

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   Um dia, sua mãe pediu que fossem buscar galhos

secos para acender o fogo.

    Não pecisavam trazer muitos, apenas o bastante

 para acender a lareira.

   - Não vão muito longe.

   Os galhos que temos aqui perto já servem, não

vão se perder por aí...

   - Pode deixar, mamãe, vamos voltar logo!

   E lá se foram os dois procurar gravetos secos

 por ali, entre várias brincadeiras.

   Não queriam ir longe, mas estavam tão curiosos

 com a floresta que resolveram arriscar só um pouquinho.

   Maria teve uma idéia genial:

foi marcando todo o caminho, para saber por onde

voltar: assim não iriam se perder.

   E brincaram à vontade.Já estava querendo escurecer

quando resolveram voltar.

   Maria foi logo procurando os pedacinhos de pão que

deviam estar marcando o caminho, mas...

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   Os passarinhos que moravam ali estavam achando

 ótimo aquele lanchinho, e não deixaram nem um

miolinho de pão sobrar.

   Não havia como achar o caminho de volta para casa.

    A idéia de marcar o caminho tinha sido ótima, mas

não com pedacinhos de pão.

   - Agora estamos os dois com fome e perdidos!    

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   Andaram de um lado para outro, mas nada de

encontrar o caminho de casa, cada vez mais escuro.

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   A noite já tinha chegado, quando João teve uma

boa idéia:

   - Vou subir na árvore mais alta e ver se encontro

alguma casa para passarmos a noite.

   Maria achou ótimo, pois já estava muito assustada

com os ruídos da noite na floresta.

   E João encontrou alguma coisa:

  - Tem uma luz daquele lado!

   Vamos lá ver!Os dois correram na direção da

luz acesa da casa mais próxima.

   Ao chegarem, viram uma velhinha que parecia

 muito boazinha e sorridente.

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   - Venham cá! Venham, meus amiguinhos.

   Aqui vão encontrar muita comida gostosa.

(os dois estavam morrendo de fome)

   Então viram a casa de perto:

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   - Uuuuau!

   As paredes eram de chocolate com castanhas,

o telhado era de brigadeiro, as portas de biscoito

fresquinho, as janelas de gelatina, tudo enfeitado

com caramelo, sorvete e balas coloridas.

   Uhmmm!

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   - Comam tudo, meus amiguinhos, é para vocês.

   Depois podem descansar em camas fofinhas e

bem quentinhas.

   Amanhã acharemos a casa de vocês.

   E os dois obedeceram contentes, e acabaram

dormindo cansados de um dia tão cheio.

   Acordaram antes do sol nascer, pensando que

estavam na maravilhosa casa de doces.

   Mas, que nada:

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   A casa tinha desaparecido como se fosse mágica.

   Em seu lugar havia uma horrível casa de bruxa, com

morcegos e tudo.

   Uma gargalhada terrível vinha da escada, por onde

 chegou a bruxa malvada com sua coruja:

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   - Pensaram que iam escapar, não?

    Vão ficar presos aqui para sempre, e nunca mais

vou deixar que voltem para casa.

   Ha! Ha! Ha!A bruxa mandou Maria para a cozinha

preparar comida para todos:

agora ela era a empregada da casa.

    Tinha que fazer todo o serviço, se não...

   Prendeu João numa gaiola e disse:

   - Menino: trate de ficar bem gordinho!

   Quando estiver pronto, vai virar o meu jantar

 especial.

    Ha! Ha! Ha! 

   Maria foi a primeira a reparar que a bruxa malvada

 não enxergava bem.

   Tudo ela trazia bem perto dos olhos para ver direito.

   Para saber se João estava engordando bem, toda

noite chamava o menino e mandava que mostrasse

 o seu dedinho da mão.

   Apertava bem, e dizia que ainda estava muito

magrinho.

   - Maria! Faça mais comida!

   Ele tem que engordar.

   Depressa!João, preso na gaiola já nem sentia

fome, de tão triste que estava.

   Queria voltar a ser livre, correr solto com seus

amigos e brinquedos.

   Lembrava bem como isso era bom.

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   Maria tentava encontrar uma saída para os dois,

enquanto fazia o serviço sem nenhum brinquedo.

   Tinha saudades de tudo em casa, mas, como

 enganar a bruxa e fugir?

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   Foi na cozinha que teve uma idéia:

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   Colocou para assar no espeto uma galinha,

escondendo um ossinho comprido e bem fininho.

   Quando levou a comida para João, disse a ele

 bem baixinho, para a bruxa não escutar:

   - Esconda este ossinho para fingir que é seu dedo

bem magrinho e enganar a bruxa.

   Ela não enxerga quase nada...

   - Quietos aí! Quem disse que podem conversar?

   Desse dia em diante, João sempre mostrava o

ossinho para a bruxa apertar quando ela queria saber

 se ele já estava bem gordinho.

   - Maria!

   Esse menino está magro como um palito.

   Faça mais comida!

   E Maria fazia muitas coisas para que os dois

ficassem bem fortes para poder fugir.

   Em toda parte, a menina procurava o lugar onde

a bruxa escondia a chave da gaiola, mas não conseguia

encontrar.

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   Tudo agora dependia da força de João para

fugirem dali.Naquela noite, João se esforçou muito,

e acabou conseguindo soltar a grade da gaiola.

   Tinha ficado bem forte, e a bruxa nem sabia disso.

   Os dois correram para se esconder na floresta

antes que a bruxa acordasse.

   Na luz do dia, conseguiram achar o caminho de

casa, e nunca mais voltaram naquele lado da floresta.

   Essa história ouvi de meu avô João, nas férias.

   Será que ele viveu todas essas aventuras quando

 era criança?

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FIM

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